Literatura local



NOVELA TEM DESSAS COISAS Autor: Calos de Oliveira

Te Contei? Que Era Uma Vez, Um Anjo que Caiu do Céu.
Enviado pelo O Dono do Mundo, guiado por uma Estrela Guia.
Não era Um Anjo de Mim nem o Anjo Mau.
Ele era O Bem Amado ou o Pai Herói.
Chegando ao Pantanal percebeu Laços de Família entre o Rei do Gado e a Rainha da Sucata.
Ana Raio e Zé Trovão estavam na Guerra dos Sexos fazendo um Louco Amor.
Dizendo um para O Outro você é minha Alma Gemia.
A Moreninha no Sol de Verão, com o Corpo Dourado, Da Cor do Pecado.
Disse para Gabriela, não sou A Indomada nem a Fera Ferida sou uma Fera Radical.
Salomé, Helena e Marina disseram para Nina e Gina que Agora que São Elas.
As Mulheres Apaixonadas Tieta e Zazá falaram que As Filhas da Mãe seriam as Perigosas Peruas.
E por causa do Estúpido Cupido estariam namorando o Homem Proibido.
Que chegou a Terra Nostra montado em seu Cavalo de Aço, com o Coração Alado.
Falou para Cabocla: Chega Mais!
Vamos tomar um Champagne ou comer um Chocolate com Pimenta lá no Marrom Glacê!
Chegando a Pátria Minha imaginou que estivesse na América ou no Paraíso.
Mais na verdade ele era A Próxima Vítima estava na Roda de Fogo com o Pé na Jaca.
Encontrou O Ébrio De Quina pra Lua dizendo que pularia da Torre de Babel por causa de um Top Model.
Era o maior Deus nos Acuda, um tal de Ti Ti Ti, Cambalacho, Bang Bang.
Pecado Rasgado, Pecado Capital, Sete Pecados.
O Clone Andando nas Nuvens, Sem Lenço Sem Documento.
Foi aí que a Sucessora deu o Sinal de Alerta e disse: Precisamos acabar com a Cama de Gato, com o Bicho do Mato.
Mais O Profeta fez A Viagem e deu O Grito: Bravo!
Eu prometo que vim do Sétimo Céu, Como Uma Onda, De Corpo e Alma.
Pois A Lua Me Disse que sou Livre para Voar, que posso enfrentar Cobras e Lagartos.
Porque A Favorita é A Padroeira e que ainda não é O Fim do Mundo.
Pois O Salvador da Pátria tem a Esperança e Um Sonho a Mais que tudo isso termine numa Beleza Pura ou em um Final Feliz! Pois Vale Tudo para encontrarmos o Caminho das Índias ou O Mapa da Mina  ate O Cafona com sua Cuca Legal, transformou a Escrava Izaura, na Sinhá Moça, convidou os Irmãos Coragem e o Roque Santeiro para uma Despedida de Solteiro, a Sombra dos Laranjais numa Lua Cheia de Amor, pensando na Belíssima para fazerem o Jogo da Vida, nos Tempos Modernos, e viverem tudo Por Amor.
 



CORDEL

Patativa do Assaré

Lá na terra de Assaré
Um grande mito nasceu
O povo o reconheceu
Por homem de grande fé
Eu lhes digo então quem é
Esse homem afamado
Foi também muito inspirado
Com dons da divina graça
Cantava com muita raça
Seu canto abençoado.

De Antonio era chamado
Pseudônimo patativa
Com nome de ave nativa
De canto bem afinado
Bem entoado e abrandado
O poeta e a patativa
E com voz vibrante altiva
Cantando os dois com voz mestra
Formando assim uma orquestra
Orquestra da patativa.

Homem que narrou o sertão
A mais bela poesia
Trovada na melodia
E nos deu grande emoção
Soluçava o coração
Ao contar nossa história
Que é de tristeza e glória
De um sertão tão judiado
Como rei foi consagrado
O guardião da memória.

A sua terra ele amou
Cantava a natureza
De alma pura com certeza
Com um pássaro brincou
Lhe digo o que me passou
Um prefeito então insultei
Com versos que lhe falei
Falo para ironizar
Tu ta preso pra cantar
E eu preso porque cantei.


Foi homem de grande ética
O cantador da existência
Narrava com persistência
Com sua veia poética
Com visão muito profética
Das mazelas do sertão
Injustiça e escravidão
Das quais seu povo sofria
E que quase os conduzia
Pra total devastação.

Mas ele reconhecia
No sertanejo a bravura
Na sua lida tão dura
Registrando em poesia
O sofrimento a agonia
Do seu povo que lutava
Com tempo novo sonhava
Era também sertanejo
Que enganava com versejo
A fome que os castigava.

Apesar de grande artista
Não quis fazer profissão
Mas dava muita atenção
Ao dom de ser repentista
Grande público conquista
Com muita simplicidade
Sem faltar com a verdade
Ao público que ele amou
A fama ele não buscou
Mas foi uma celebridade.

Artistas bem afamados
Como Fagner, gonzagão
Cantaro com emorção
Canções que deixou sordade
Do poeta da amizade
Difiço de superá
Nosso véio vou sordá
Com verso que o consagrou
E que o artista inspirou
Vaca estrela boi fubá.
Ou ,ou,ou,ou vaca estrela
Ou,ou,ou,ou boi fubá.


E grande acervo deixou
A saudosa poesia
Que nos dá muita alegria
As obras que tanto amou
Muito título ganhou
Por esse Brasil tão amado
Poeta bem inspirado
Valente de coração
Nos recantos do sertão
Tem seu marco registrado

Patativa foi figura
Da música nordestina
Que até hoje nos ensina
Como lutar com bravura
Poeta de muita altura
E de muita reverência
Sofria com resistência
As cruzes do dia a dia
Com presteza e valentia
E com muita persistência

Silêncio e grande véu
Calava a voz do poeta
A voz mais pura e reta
Não foi pra lhe fazer réu
Mas foi pra cantar no céu
Deus chamou o homem de fé
E com certeza anjo já é
Pra sempre nosso Senhor
Levou nosso cantador
Patativa do Assaré.

Autora: Ritinha de Oliveira